São Pedro do Sul acolhe Tradidanças com “selo verde” do Ministério do Ambiente
A terceira edição do Tradidanças, em São Pedro do Sul, que irá decorrer de 01 a 04 de Agosto, recebeu o “selo verde” do Ministério do Ambiente, dadas as medidas ecológicas implementadas, disse ontem a organização.
“Vamos ter sanitários secos, o aquecimento dos duches com luz solar, a reutilização da água do duche em descargas sanitárias e vamos ter também oficinas sustentáveis”, enumerou Filipa Pereira.
Uma novidade deste ano, fruto de uma parceria, é o “autocarro que vai circular quase num porta a porta, para evitar que os carros se concentrem à volta do evento, trabalhando também desta forma a questão ambiental” do festival, defendeu, por outro lado, Filipa Pereira, na apresentação do evento, adiantando que a rota pode começar em qualquer ponto do país, “assim se justifique”.
O festival, que se realiza no campo de futebol de Carvalhais, São Pedro do Sul, vai “ter a sua área mais alargada, os palcos e tendas estão mais afastados, conseguindo-se desta forma mais espaço e menos interferência de som entre um concerto e outra iniciativa a decorrer”.
“Vamos ter também uma oficina e um espectáculo de dança inclusiva, para as pessoas com necessidades especiais, ou seja, no fundo, estamos a tornar o festival mais inclusivo, porque também sentimos essa necessidade”, justificou a produtora.
Filipa Pereira reconheceu que “o festival está a crescer e a conquistar a confiança, que já existia com o Andanças, que se realizou em Carvalhais durante muitos anos e que terminou em 2011”.
O Tradidanças foi “herdar muita coisa”, apesar de se “querer afirmar com as diferenças” existentes.
“Também aumentámos a programação do espaço lúdico intergeracional, com maior diversidade de sessões, à semelhança de outros espaços, outras tendas, porque o festival é muito mais interactivo e prático. Este festival é para o público fazer, não é para assistir”, vincou.
De 01 a 04 de Agosto, as tardes ficam reservadas para as oficinas de dança e momentos de “relaxamento com meditação, por exemplo, ou ‘biodanza’”, para depois, à noite, as pessoas “aplicarem o que aprenderam e/ou assistirem aos concertos no palco principal”.
No palco principal, tocam, no primeiro dia, os Toques do Caramulo, de Águeda, depois actua Celina da Piedade, cantora e acordeonista, o grupo Omiri apresenta-se a 03, um sábado e, no último dia, a música é da responsabilidade dos Charanga.
As manhãs ficam reservadas para conhecer a região, disse esta responsável, com passeios organizados a “pontos de interesse, como o Castro da Cárcoda, e a locais e sítios onde é possível conhecer e ter contacto com os produtos e as tradições locais”.
A programação estende-se à igreja, em frente ao campo de futebol, e, no seu interior, vai ser possível ouvir as “Vozes de Candal”, de São Pedro do Sul, e um coro de Mafra.
Está prevista ainda uma sessão para bebés, uma vez que “é um espaço mais fresco e calmo” do que o recinto.
O Tradidanças, explicou a produtora, não se esgota em Agosto, “é um festival que se manifesta ao longo do ano”, porque a organização não quer que “aconteça apenas em quatro dias e volte um ano depois”.
“A estrutura está cá sempre e então fazemos as Tradações, ou seja, uma acção por mês em termos culturais, desportivos ou ambientais, com a comunidade local e a participação de artistas que participaram no Tradidanças”, explicou.