Exposição ‘Tirée par… A Rainha D. Amélia e a Fotografia’ nas Termas de São Pedro do Sul
O Balneário Rainha Dona Amélia, nas Termas de São Pedro do Sul, recebe a exposição ‘Tirée par… A Rainha D. Amélia e a Fotografia’ que já esteve patente no Paço Ducal de Vila Viçosa e no Palácio Nacional da Ajuda (PNA), em Lisboa, e aborda a relação da rainha D. Amélia, nascida há 150 anos, com a fotografia e no Centro Português de Fotografia (CPF), no Porto, edifício da antiga cadeia e Tribunal da Relação.
A exposição ‘Tirée par… A Rainha D. Amélia e a Fotografia’ tem como base as colecções de fotografia do Museu-Biblioteca Casa de Bragança, em Vila Viçosa e algumas fotografias do PNA, onde a rainha nunca viveu, mas onde “celebrou o jantar do dia do casamento com D. Carlos”, realçou o director do PNA, José Alberto Ribeiro, autor de uma biografia da soberana.
Abarca um período que começa na infância e juventude de Dona Amélia de Orleães [em Inglaterra e depois em França], passando pela chegada a Portugal [em 1886] e a sua coroação [em 1889], até à implantação da República [em 1910] e consequente exílio.
O interesse da rainha D. Amélia pela fotografia é confirmado por inúmeras evidências: nas fotografias que produziu e que mais tarde completou com títulos e datas. Nas imagens que a apresentam apontando a sua câmara, ou outras em que aparece de câmara na mão ou pousada no chão junto de si; ou ainda as imagens em que aparece observando e comentando pilhas de fotografias, ou mesmo carregando a câmara com um novo rolo; ou ainda pelos álbuns de fotografia que deixou, anotados e organizados.
Maria Amélia Luísa Helena de Orleães, primogénita do conde de Paris, herdeiro da coroa de França, nasceu em 28 de Setembro de 1865, em Twickenham, em Inglaterra, onde a família viveu exilada, por ordem de Napoleão II, tendo casado com D. Carlos, em maio de 1886.
Amélia de Orleães e Bragança foi a última rainha de Portugal, de facto, tendo-se exilado, depois da proclamação da República Portuguesa, primeiro em Londres, com o filho, D. Manuel II, e, depois, nos arredores de Paris, em Les Chesnay, onde morreu aos 86 anos, em 1953. Em 1945, a convite do Governo português, a monarca visitou Portugal, nomeadamente o Panteão dos Bragança, em S, Vicente de Fora, em Lisboa, onde se encontram sepultados o marido e o filho, D. Luís Filipe, assassinados em Fevereiro de 1908.